A série de livros Millennium volta a telonas com o filme "A Garota na Teia de Aranha''

Millennium: A Garota na Teia de Aranha

Foto poster de divulgação do filme


"A Garota na Teia da Aranha" (2018) 


É mais uma adaptação para a tela grande da série de livros Millennium, do saudoso escritor Stieg Larsson. Larsson, que faleceu precocemente, vítima de um ataque cardíaco enquanto subia as escadas de seu escritório, não deixou sequências finalizadas, mas, anos depois, a editora contratou outro escritor para continuar a obra.

Nos cinemas, "Os Homens que Não Amavam as Mulheres" foi o primeiro a ganhar vida fora das páginas, tanto na Suécia, país de origem do autor, quanto em Hollywood, sob a batuta do diretor David Fincher.

Dessa vez, a hacker Lisbeth Salander assume o protagonismo que outrora pertenceu ao jornalista Michael Blomkvist. Clare Foy é a terceira a interpretar Lisbeth e desempenha o papel com personalidade, imprimindo sua marca na personagem.

A trama central gira em torno da busca por um código de controle de armas nucleares, mas a verdadeira história está no passado de Lisbeth e seu relacionamento familiar.

Dirigido por Fede Alvarez, do ótimo "O Homem nas Trevas" (2016), "A Garota na Teia da Aranha" tem um ritmo mais ágil que os seus antecessores e parece ter pressa em entreter o espectador. Porém, o filme apresenta menos camadas psicológicas, logo, os personagens são pouco aprofundados, o que prejudica na dinâmica. Blomkvist, imprescindível nos outros longas, torna-se uma figura rasa e dispensável, que pouco acrescenta ao enredo.

Apesar disso, Clare Foy e seus olhos hipnotizantes seguram a produção e nos fazem querer sempre mais de sua Lisbeth.

O pronome possessivo vai bem a calhar, visto que vemos em cena uma versão mais física e letal da persona, que ficou mais conhecida pela inteligência e domínio com computadores.
Por isso, recomendo ver "A Garota na Teia da Aranha" sem imagens pré-concebidas, sob o risco de se decepcionar.

A comparação pode prejudicar a experiência de acompanhar um filme assumidamente hollywoodiano, com uma trama genérica, conflitos imediatos e ação eficaz. Definitivamente um entretenimento rápido, certeiro e inofensivo.

Por Buno Omena


Fonte:Resenha100Nota

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