Mensalidades de escolas privadas do RS devem ter reajuste médio de 6,7% em 2019, diz Sinepe


Pesquisa foi realizada com 137 instituições de educação básica de todo o estado. Nas universidades, o aumento médio deve ser de 4% no ano que vem, conforme o levantamento do sindicato.


 
Foto-Web

As mensalidades das escolas privadas do Rio Grande do Sul devem subir 6,7%, em média, em 2019. O levantamento foi feito pelo Sindicato do Ensino Privado do estado (Sinepe-RS) com 137 instituições de educação básica, o equivalente a 46% do total de associadas, entre 22 de outubro de 2018 e 14 de novembro.

Mesmo com a alta, a rede privada de ensino espera atender um número maior de alunos no ano que vem. De acordo com o sindicato, a expectativa de crescimento no número de matrículas é de, em média, 4,3%.

No caso do Colégio Santa Dorotéia, que atende atualmente 1.828 estudantes nas duas unidades de ensino em Porto Alegre, a projeção é de um aumento de 3% a 4% no número de matrículas para 2019. O reajuste, já anunciado pela instituição para o próximo ano, será de 6,25%.



"Vem de acordo com as necessidades para o próximo ano. Claro que nós somos muito sensíveis às realidades econômicas das famílias, a gente procura trabalhar num índice que fique bastante confortável", justifica a diretora-administrativa do colégio Santa Dorotéia, Janaína Kunzler.



Mesmo com reajuste, instituição espera aumentar número de alunos atendidos em 2019

Como contrapartida à mensalidade mais cara, a instituição está construindo um teatro para uso interno, com capacidade para cerca de 500 pessoas, para desenvolvimento das propostas pedagógicas. O espaço deve ser entregue no primeiro semestre de 2019. Além disso, cinco novas salas de aula também estarão disponíveis aos alunos e professores no próximo ano letivo.

Conforme o Sinepe-RS, os custos com pessoal foram, pelo segundo ano consecutivo da pesquisa, o principal fator na composição da mensalidade, seguidos por gastos com infraestrutura e contas públicas, como água e luz. No Santa Dorotéia, que atende desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, o cenário é o mesmo.


"Prevê investimentos, tanto investimento em pessoal, que é o nosso maior índice, com formação de professores, atendimento e a própria folha de pagamento", explica Janaína.


De acordo com o sindicato, os custos das escolas no ano que vem devem aumentar 7,9%, em média, mas as instituições não devem repassar o aumento integral aos pais.

Universidades terão reajuste de 4%

O Sinepe também fez uma pesquisa junto a nove instituições de ensino superior no estado (22% das associadas). Conforme o levantamento, o reajuste médio nas universidades será de 4% em 2019.

No ensino superior, a previsão de aumento médio de custos para o ano que vem é de 9,3%. Assim como a educação básica, esse percentual não será refletido no reajuste médio das mensalidades de 2019. Para 66,7% das instituições, conforme o sindicato, os custos reais em 2018 foram maiores do que a previsão feita no fim de 2017.



Nenhum comentário:

Postar um comentário