"Não acho que eles possam ser incluídos na Previdência comum", diz general Heleno sobre aposentadoria dos militares

Oficial já confirmado por Bolsonaro para comandar o Ministério da Defesa

concedeu entrevista ao Gaúcha Atualidade nesta terça-feira


                                                       Matheus Schuch / Agencia RBS



general Augusto Heleno, um dos principais auxiliares de Jair Bolsonaro (PSL) e nome já confirmado à frente do Ministério da Defesa, defendeu a ideia de que os militares merecem um tratamento especial e diferenciado em uma futura reforma da Previdência — tema considerado prioritário pelo próximo governo. Em entrevista ao Gaúcha Atualidade nesta terça-feira (30), Heleno afirmou que "é preciso levar em conta as particularidades da profissão militar".
O militar não tem hora para trabalhar, não tem fim de semana, às vezes passa dois meses fora de casa sem nenhuma recompensa maior, tem movimentações sucessivas, o que, para a família, é um transtorno — enumerou. — Eu vivi esse problema a minha vida inteira — completou o general da reserva, que carrega na bagagem atuações como comandante militar da Amazônia, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia e liderança das tropas brasileiras em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti.
O guru de Bolsonaro na segurança pública, no entanto, afirma que o tema "pode ser colocado na mesa" nas discussões da reforma da Previdência, considerando que as condições de saúde melhoraram ao longo dos anos. Atualmente, militares — homens e mulheres — podem se aposentar com salário integral após 30 anos de serviços prestados.
Questionado sobre a atuação das Forças Armadas nos Estados, Heleno afirmou que isso deve continuar, mas enfatizou o trabalho dos governos, em conjunto, para a melhoria da segurança pública:
— Tem uma série de estratégias, de providências, que podem reduzir a necessidade de emprego das forças armadas, que não são num estalar de dedos. Podemos melhorar a gestão das policias militares, o que não é missão do presidente,  é dos governares; melhorar a instrução dos militares, melhorar os equipamentos — afirma —  Se o presidente, atendendo aos requisitos legais, decidir empregar a intervenção inédita como ocorreu no Rio de Janeiro, as forças armadas estão aí para cumprir missão. É aquela história: missão dada é missão cumprida — completa.(Fonte: Gaucha ZH)

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